O desafio atual enfrentado pela indústria de tecnologia da informação (TI) é o de continuar produzindo sistemas menores, mais leves e mais rápidos e, ao mesmo tempo, encontrar melhores meios de gerenciar as complexidades das tecnologias computacionais.

A indústria direciona um grande esforço à segurança e ao gerenciamento de informações e de dispositivos para a produção de sistemas mais flexíveis, de modo a torná-los disponíveis aos usuários a qualquer tempo, em qualquer lugar. O conceito de Virtualização de plataforma abre espaço para futuros dispositivos poderosos, autônomos e confiáveis.

A virtualização é um conceito que começou a chamar a atenção das empresas há cerca de cinco anos.

Até então, era uma prática comum entre as empresas – como ainda é, em muitos casos utilizar servidores separados para hospedar aplicações críticas, como servidores de e-mail, bancos de dados e softwares de gestão. O problema deste modelo é que ele aproveita mal os recursos das máquinas – em média, os servidores utilizam somente de 5% a 10% da sua capacidade, segundo estimativa da empresa de software para virtualização VMware.

Com o objetivo de reduzir os custos de administração e manutenção e centralizar o trabalho dos gerentes de tecnologia, as empresas apostaram em um novo conceito: utilizar equipamentos mais robustos, com mais recursos de processamento e espaço em disco, para hospedar as diversas aplicações da companhia, prática batizada de consolidação de servidores.

Apesar dos ganhos em administração, energia e espaço, este modelo trazia uma desvantagem fundamental em relação à infra-estrutura descentralizada: se todas as aplicações da sua empresa rodam sobre um único hardware, isso significa que se ele quebrar, tudo pára.

Além disso, as aplicações de uma empresa nem sempre rodam sobre a mesma plataforma; muitas vezes exigem sistemas operacionais diferentes ou mesmo versões distintas de um mesmo sistema.

A Virtualização de plataformas pode ser definida como a criação de um sistema computacional logicamente segmentado, que funciona em uma base real. As plataformas virtuais são vistas pelo usuário e funcionam como se fossem computadores físicos.

O conceito de Virtualização inclui todas as camadas da plataforma – desde aplicativos e sistemas operacionais a componentes, processadores e interconexões da plataforma.

A maior utilização: Storage

A Virtualização do armazenamento é o processo de consolidar vários dispositivos físicos de diversos fabricantes e reorganizá-los em agrupamentos virtuais e lógicos, ou em unidades de armazenamento.

Essas unidades são apresentadas ao sistema operacional para utilização pelos aplicativos e usuários finais adequados.

Apesar do recente aumento de interesse, a Virtualização do armazenamento não é novidade, tanto no conceito quanto na prática. Definida há quase 20 anos na computação em mainframes, a tecnologia está descobrindo uma nova oportunidade e importância com a emergência das redes SANs (Storage Area Networks). Com toda a empolgação em torno da virtualização da SAN, é fácil perder de vista os benefícios imediatos desse processo, que podem ser obtidos também na predominante arquitetura de armazenamento de dispositivos conectados diretamente – DAS (Direct Attached Storage). Seja em mainframe, seja em ambientes de sistema aberto, as tecnologias de Virtualização são utilizadas para simplificar e centralizar o gerenciamento e para fornecer a flexibilidade no atendimento à demanda dos atuais requisitos de dados.

A Virtualização elimina as restrições físicas, ao criar uma camada de abstração acima do armazenamento físico em si, que é acessível como um agrupamento lógico de storage e que pode ser alocado quando e onde for necessário. Essa camada oferece a capacidade de combinar dispositivos físicos heterogêneos em entidades virtuais projetadas para atender os requisitos individuais dos aplicativos.

Por exemplo, um agrupamento virtual de armazenamento pode ser criado utilizando-se os discos físicos mais rápidos, a fim de otimizar o desempenho para um aplicativo de missão critica, enquanto protege o usuário e o aplicativo dos detalhes da implementação de hardware.

Então, na medida em que o novo hardware se torna disponível ou que as características do aplicativo se modificam, as alterações na camada física podem ser realizadas sem interromper o acesso aos dados no dispositivo lógico.

Outra vantagem da virtualização é que é possível manter estações virtuais rodando aplicações redundantes, permitindo que, no caso de falha em um ambiente, o outro seja utilizado como recurso de contingência. Com a ajuda dos softwares apropriados, é possível ainda mover estações virtuais para hardwares diferentes, em caso de um problema físico, evitando assim a perda de produtividade.

A virtualização é uma mudança de paradigma; ela muda seu modo de pensar em relação aos recursos. Com a virtualização, você não está mais restrito a executar apenas um sistema operacional em um servidor ou workstation de baixa utilização.
É possível consolidar vários sistemas operacionais e aplicativos em servidores poderosos, o que propicia a simplificação do datacenter, uso mais eficiente, redução de custo e mais segurança em sua empresa.

Fonte: Cpd Digital