Telas dobráveis devem chegar ao mercado já em 2017
Esses displays podem levar a designs de produtos mais inovadores e aumentar a mobilidade dos aparelhos, aponta consultoria IHS.

Telas que podem ser dobradas e enroladas já foram mostradas em protótipos de smartphones, wearables e outros aparelhos. Mas quando esses produtos estarão disponíveis ao público?

Os avanços em tecnologia sugerem que eles não estão em um futuro muito distante. Aparelhos desse tipo podem começar a chegar já no ano que vem ou em 2018, segundo o analista principal de novas tecnologias de tela da IHS, Jerry Kang.

Os fabricantes estão tentando colocá-las em produtos como tablets que podem dobrar para o tamanho de um smartphone. Também é possível usar esses displays dobráveis em wearables, mas é preciso levar conta fatores como confiabilidade, peso e duração de bateria, aponta o especialista.

As telas dobráveis pequenas provavelmente chegarão antes das maiores, principalmente por questões dos custos envolvidos em fabricar aparelhos desse tipo, explica Kang.

Esses displays serão baseados em OLED (organic light-emitting diode), que é considerado o sucessor da atual tecnologia LED. As telas OLED não possuem paineis traseiros iluminados, o que os deixa mais finos e com uso mais eficiente de energia.

Na CES 2016, em janeiro, a LG mostrou uma tela incrível fina como o papel que pode ser enrolada (veja a foto acima). A empresa projeta entregar essas OLEDs dobráveis no ano que vem.

Existem vantagens nas telas que podem ser dobradas ou enroladas. Elas podem levar a designs de produtos mais inovadores e aumentar a mobilidade dos aparelhos, informa o analista da IHS.

Mas os principais desafios continuam sendo tornar essas telas práticas, afirma Kang.

Uma tela possui diversas camadas funcionais como lentes de cobertura, paineis touch e polarizadores, todos feitos com materiais diferentes. Um grande número de camadas pode limitar a habilidade de dobrar ou enrolar a tela. Mas remover essas camadas também é algo que pode apresentar problemas. Por exemplo, remover o painel touch pode tornar um display desses inútil para smartphones e tablets.

O tamanho das baterias e circuitos são uma preocupação menor no desenvolvimento das telas dobráveis, de acordo com o analista. Isso porque esses displays podem ser dobrados em torno dos componentes.

As telas que podem dobrar e ser enroladas são uma extensão das telas flexíveis, que já estão presentes em wearables, smartphones e TVs. Por exemplo, algumas TVs possuem telas flexíveis que são feitas para que possam ser levemente curvas.

A Samsung e a LG começaram a usar telas AMOLED flexíveis em smartphones em 2013 e estão adaptando esses displays para wearables. Essas empresas também estão liderando a iniciaitva para levar telas que possam ser dobradas e enroladas aos aparelhos.

As telas flexíveis usadas em aparelhos curvos ainda estão no começo da sua vida, mas a IHS projeta que tais displays continuem aumentando sua presença no mercado em relação às telas não-flexíveis. Em 2022, a consultoria prevê que 433,3 milhões de telas flexíveis serão vendidas, em comparação com as 3,6 bilhões de unidades de telas não flexíveis.

Fonte: IDGNOW