Hackers invadem webcams de mulheres e compartilham no YouTube

Um alerta foi emitido por empresas de segurança sobre um golpe que já não é tão novo assim na internet, mas que agora ganha novos contornos com ataques mais agressivos e exposição da intimidade das vítimas no YouTube e outros sites de vídeo.

Um relatório do grupo Digital Citizens Alliance, um grupo de criminosos tem invadido webcams de mulheres no mundo inteiro e gravam ou fotografam momentos da intimidade de cada um e na sequência praticam extorsão contra a vítima, que é coagida a pagar uma quantia de resgate pelo conteúdo íntimo, que pode estar exposto inclusive no YouTube.

A gravação do conteúdo é feita de forma sorrateira, quase imperceptível. Somente olhares mais atentos podem reconhecer algo anormal na máquina, já que a captura e transmissão de imagens exige bastante memória do computador, causando um decréscimo de desempenho. Os criminosos que estão envolvidos nessa campanha de ataques a inocentes são conhecidos como 'ratters', que utilizam trojans de acesso remoto, os RATs.

Trojans representam de 70% de todos os malwares existentes hoje no mundo digital, e os RATs, segundo o relatório de segurança divulgado, são os mais fáceis de operar. Ou seja, para usuários leigos, o risco de ter a privacidade invadida para extorsão é enorme.

A imagem abaixo faz parte do relatório de segurança divulgado e mostra momentos de intimidade de uma mulher que foi vítima de extorsão da quadrilha digital.

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Infelizmente, casos de ataques como esses não são novos. Em 2013, Jared Abraham, um hacker norte-americano foi para a prisão federal após ameaçar uma modelo com conteúdos coletados criminosamente através de trojans. Por enquanto, parece que a solução mais segura é tapar a webcam manualmente com fita e papel.

Fonte: Olhar Digital